sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Use e abuse dos usos

Fuja do ensino baseado só na forma e conquiste seus alunos


Sou professora particular de Língua Inglesa. Meus educandos são todos adultos com o perfil típico desta faixa etária: profissionais modernos que querem aprender Inglês (para usá-lo no trabalho e em viagens), que são marcados pelo não aprendizado no período escolar. 

Todas às vezes que penso em uma aula para esses students, minha inquietação é, fundamentalmente, não só no conteúdo a ser ensinado, mas também na maneira de apresentá-lo. Por eles ainda estarem no nível básico, muitas vezes preciso abordar temas que já viram durante sua educação básica e/ou em cursos de escola idioma, então, minha preocupação gira em torno do como fazer de uma forma que não cause aquela sensação de “ah, não! Isso de novo?!”. 

Hoje minha aula foi sobre o Simple Present e ouvi de uma aluna: “Sempre via isso, mas nunca entendia direito... Por outro lado, essa matéria nunca tinha sido apresentada assim para mim”. Como o fiz? Ao invés de começar falando sobre a forma do presente simples, falei do uso desse tempo verbal. 

Para aquecer, perguntei a eles o que fazem todos os dias. Surgiram frases como: 
• I wake up at 7 o’clock. 
• I brush my teeth. 
• I take a shower. 
• I walk to the train station. 
• I have lunch at 1 p.m. 

Conforme as sentenças eram ditas, eu anotava no quadro os verbos (wake up, brush, take, walk, have). Quando todos (incluindo eu) acabaram de falar suas atividades diárias, disse que este era um uso do Simple Present e apresentei os demais (falar sobre ações repetidas, sobre fatos e/ou generalizações, sobre eventos agendados em um futuro próximo e sobre ações que acontecem no momento presente). 

Somente após relacionar os usos com o cotidiano de cada um da turma, expliquei sobre a forma deste tempo verbal (o acréscimo do –s ou –es na terceira pessoa do singular e o uso dos auxiliares do/does/do not (don’t)/does not (doesn’t) para fazer perguntas e/ou negativas). Apenas depois disso, partimos para os exercícios orais e escritos. 

Quis compartilhar esta experiência; porque, por um lado, tenho muitos amigos docentes que me dizem ter medo dos alunos particulares (medo oriundo do perfil descrito acima) e por outro, venho estudando vários autores que falam sobre a criação de situações para que o aprendizado dentro se dê dentro de um contexto. Quando ensinamos algo por seu uso, unimos o tópico abordado (mesmo que ele seja estritamente gramatical, como a aula que lecionei hoje) ao contexto das pessoas que estão aprendendo este assunto. Fazer isso dá mais significado ao aprendizado, é totalmente possível e não é tão difícil quanto parece. Além do mais, ajuda a você conquistar seus alunos e fazer com que eles aprendam de forma mais muito mais prazerosa – já que isso foge da famosa “decoreba”. 

Para quem quiser ler uma explicação sobre o uso do Simple Present (informações em Inglês), visite o seguinte link: EnglishPage.com

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