São
Paulo, 03 de março de 2012.
“Fujam para as colinas!”, acho que
foi isso que me passou pela cabeça quando, ao entrar na sala, o professor
anunciou que aquele seria o dia da formação dos grupos. Como na aula anterior
ele havia pedido que anotássemos em uma folha “nome e curso do bacharelado”,
sua orientação foi rápida e rasteira: “cada grupo deverá ter um – no máximo
dois – componentes de cada curso. Serão formados sete grupos”.
Então, a lousa fora dividida em sete
partes. As pessoas que já tinham em mente quem seria dos seus grupos começaram
a anotar um a um os nomes na lousa. A aula já havia chegado na metade e eu não
estava em nenhum grupo. Comentei com o professor: “não estou em nenhum grupo,
isso é como dar um tiro no escuro”. Ele riu, mas concordou comigo. Neste
momento, a Célia, uma das meninas formadas em Artes Cênicas chegou. Então,
combinamos de entrar no grupo 4, sem
ao menos saber quem eram as pessoas.
Fiquei feliz, quando vi que nosso
grupo era de um pessoal que eu tinha ido com a cara, ainda que eu saiba que
teremos um desfalque daqui para o meio do ano, pois uma das meninas está
grávida, estou animada.
Ao nos reunirmos, vi que o pessoal
estava meio tímido, então resolvi puxar assunto. Perguntei se eles tinham em
mente um lugar para que desenvolvêssemos o projeto e se tinham alguma
experiência com este tipo de trabalho. Para a minha sorte, não sou a única que
tem conhecimento disso. A Célia trabalhou três anos com crianças de um projeto
social, e uma das meninas da Educação Física trabalha em um projeto com a
Terceira Idade, em uma ONG do centro de SP. Levantamos a possibilidade de ir
conhecer esta ONG e de eu levar o grupo para conhecer a Mensageiros da
Esperança, organização em que gostaria de desenvolver o projeto, localizada na
Brasilândia.
De toda esta aula, acho que o mais
rico foi a discussão que tivemos para chegar a um tema para o nosso projeto.
Contei um pouco das dificuldades que sempre escuto dos educadores com quem trabalho,
e os demais integrantes também falaram das vivências dando aula (seja em
escolas, seja em cursos livres). Resolvemos que buscaremos uma forma diferente
e divertida para falar dos direitos e deveres – provavelmente, com foco no
Estatuto da Criança e dos Adolescentes. Foi uma pena que não pudemos avançar
mais no assunto, uma vez que a aula acabou. Agora, só saberemos mais na
terça-feira que vem! E vamos que vamos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário