São
Paulo, 12 de fevereiro de 2012.
Início de ano letivo é aquela
expectativa que nos enche de perguntas: como será o ano, o que terei de fazer,
como será este professor, será que ele é bom, no que a matéria dele irá me
ajudar????? Esses e muitos outros questionamentos pairam no ar nos momentos que
antecedem a primeira aula. Comigo, não foi deferente – às vezes acho que isso
não mudará nunca, não importa se você estuda na creche ou na universidade – estava
ansiosíssima para saber quem, afinal, era aquele professor que sempre vejo
andando para cima e para baixo pela universidade.
Somada à ansiedade normal do
primeiro dia de aula, trazia comigo um desejo de saber como Projetos e Didática Especifica funcionaria
na prática e se não se tornaria uma disciplina cansativa para mim. Diferente do
que acontece com os meus colegas de turma – como descobriria mais tarde na aula
– eu trago uma vasta experiência em projetos (não tão grande como a do meu
professor, mas maior do que a dos meus companheiros de classe). É impossível
quem trabalha em organizações não governamentais (seja ela qual for) nunca ter
feito um projeto se quer, por menor que seja. Como a minha vida empregatícia
inteira foi construída, vivida e compartilhada em ONGs, sei bem coisas básicas
para o bom andamento de um projeto: como é a sua estrutura, a importância do
trabalho em grupo, como é fundamental planejar e avaliar...
Por sorte, logo nos primeiros
minutos de aula, percebi que a forma como o professor conduz a aula “não me
fará dormir” e que seu embasamento teórico e experiência de vida têm muito a
contribuir com a minha formação.
Nesta aula, entretanto, o que me
chamou a atenção foi o perfil dos alunos: diferentemente do que acontece
comigo, quase todas as pessoas que compõem a minha sala são apenas bacharéis e
cursarão as 6 disciplinas da licenciatura neste ano. Pelo o que pude perceber,
elas nunca tiveram uma experiência como educador. Por isso, tive a impressão de
que todos se sentiram com medo de não ter um lugar e capacidade para
desenvolver o projeto de estágio. Além disto, percebi na fala de alguns o
reflexo da falta de vivência e de conhecimento teórico na área educacional.
Como reagi diante deste primeiro
contato? Bem, em minha apresentação, disse a todos que trabalho em uma ONG e
que conheço várias outras. Minha intenção com isso era me colocar à disposição
para ajudar quem precisar – seja com lugares para indicar, seja com a
experiência de vida. Sei o quanto precisei de apoio quando “caí de paraquedas”
no mundo dos projetos. Sei o quanto é mister a troca para fortalecer a prática
pedagógica; por isso, procurei, ao me apresentar, mostrar que estou aberta a
qualquer tipo de conversa. Espero poder ajudar.
Passei esta aula sentada próxima a três
bacharéis em Artes Cênicas e fiquei pensando que, se fizermos parte do mesmo
grupo, poderemos unir o teatro, a literatura e as necessidades locais, fazendo
de nosso projeto algo que seja transformadoramente criativo.
Lendo sua publicação ... percebi o quanto foi bom termos conhecido a AEB né ? Minimamente ... crescemos e ampliamos nossa visão de mundo.
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