sábado, 3 de novembro de 2012

Maria Montessori e a Pedagogia Científica (parte 1)

Contexto histórico e biografia 


Maria Montessori nasceu no norte da Itália, em Chiaravalle, a 31 de agosto de 1870. Filha única, de uma família de classe média, tinha um pai observador e de hábitos militares; sua mãe, por outro lado, era amorosa sabia ler – fato não muito comum para as mulheres da época. Durante a adolescência, estudou na escola técnica. Mais tarde, contrariando seus familiares e toda a sociedade, seguiu suas vontades e cursou medicina na Universidade de Roma. Para isso, recebeu uma autorização do Papa e se tornou a primeira italiana formada em medicina. Embora nunca tenha se casado, envolvera-se com um colega, com quem teve um filho (1898). A criança fora criada por outra família em Roma e recebia frequentes visitas da mãe. 

Em 1902, Maria Montessori começou a desenvolver o seu trabalho com as crianças “anormais”, que eram banidas da sociedade por serem consideradas incapazes de aprender quaisquer coisas que fossem. Ela percebeu, então, que estes alunos eram ávidos por realizarem trabalhos domésticos, pois assim desenvolviam as suas capacidades motoras e exercitavam sua autonomia. Montessori percebeu, então, que a questão com aquelas crianças não era médica, mas sim pedagógica. Este trabalho de observação por ela realizado, na Universidade de Roma, teve fortes influências de E. Séguin e J. Itard. 

Além do doutorado em Medicina, Montessori também cursou Antropologia, Psciologia e Pedagogia, cursos que a ajudaram no trabalho realizado na Casa di Bambini, local em que colocou toda a sua teoria em prática, aplicando o aprendizado que tivera ao observar as crianças ditas “anormais” na Universidade de Roma com os alunos deste novo modelo escolar. A primeira Casa di Bambini fora aberta em uma região pobre de Roma; tendo, posteriormente, outras filiais em vários pontos da Itália. 

Em 1911, Montessori abandonou a Medicina, para dedicar-se exclusivamente à Pedagogia. Em 1913, passou a fazer conferências sobre o seu método de trabalho. Durante a I Guerra Mundial (1914-1918), decidiu exilar-se na Holanda. Em 1922, foi nomeada inspetora-geral das escolas da Itália, pelo o governo de seu país; entretanto, ao ver os rumos da II Guerra, abandonou o cargo e refugiou-se na Índia. 

Após as duas Grandes Guerras, retornou à Itália e reorganizou suas escolas. Além disso, retomou o trabalho acadêmico, na Universidade de Roma. Maria Montessori morreu em 1952 – mesmo ano do falecimento de John Dewey – aos 81 anos de idade.

Referências:
FERRARI, Márcio. Maria Montessori, a médica que valorizou o aluno. In: Revista Nova Escola. Disponível aqui.
NASCIMENTO, Cristiane Valéria Furtado do; MORAES, Márcia Andréa Soares de. Montessori e as "Casas das Crianças". Disponível aqui.

Um comentário:

  1. Oi Fernanda, adorei ler sobre Montessori, principalmente da forma clara que colocaste para a nossa interpretação como leitores. obrigada abraços

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...